Não existem conquistas definitivas, 
salvo para aqueles que nos deixam 
no auge do apego. 
Aí sim, as pessoas ficam irreversivelmente
gravadas dentro do nosso coração e nós no delas. 
Se não podemos explicar os porquês das chamadas
de um coração, podemos, portanto, compreender a 
importância do exercício diário, na manutenção dos 
sentimentos do outro. 
Ninguém pertence a ninguém, as pessoas doam-se e acolhem-se.
O amor é uma flor muito delicada, mesmo se vestida de 
grandiosas e maravilhosas formas.
O amor é uma flor singela, frágil e bela e é preciso recebê-lo 
com mãos ternas, como se sua vida dependesse de nossa acolhida.
Frequentemente somos meio desajeitados quando se trata de amor. 
Descuidamos dos pequenos gestos que o nutrem, deixamos que a 
terra seque-se, substituímos atenções emocionais por outras que, 
mesmo importantes, não são suficientes ao mantimento para a 
durabilidade do amor. 
O amor nutre-se de carinhos e carícias. 
Sacia-se no abraço, cresce no beijo. 
Fortalece-se nos momentos a dois. 
Achamos tempo para tanta coisa e nos dedicamos pouco a estar com o outro.
Pessoas às vezes que se amam muito afastam-se por falta de cuidado de ambas as partes. 
Os quereres confundem-se. 
Homens e mulheres são diferentes, isso é certo! 
Mas deve haver esse meio caminho onde as mãos acabam se encontrando, 
onde os dedos se entrelaçam e os desejos fundem-se numa mesma coisa. 
Ninguém conhece a verdadeira dor de perder antes de ter perdido de verdade. 
É depois, bem depois, que olhamos para trás e nos dizemos que teríamos vivido 
bem mais intensamente se tivéssemos carregado essa delicada flor bem mais 
pertinho do nosso coração. 
(Letícia Thompson) 





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