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11 de abr. de 2011

 Tragédia Maior que a Minha
Quando eu tinha meus dez anos, manifestou-se em mim uma revolta íntima que me levaria por certo a um perigoso complexo de inferioridade. É que não me conformava com a pobreza em que vivíamos, a ponto de magoar meus pais.

Certa ocasião, nas vésperas do natal, papai comprou-me um par de sapatos, de qualidade inferior. Quando cheguei em casa, chorei amarguradamente, pois desejava um de melhor qualidade, como alguns dos meus companheiros e vizinhos, para apresentar-me na festinha da escola.

Quando me acalmei, mamãe, que tinha procurado convencer-me de que não faria má figura, saiu comigo, levando embrulhado, sem que eu percebesse, o meu par de calçados velhos.
Ia cumprir a promessa que fizera a uma amiga de levá-los ao seu filho, mais ou menos da minha idade, pois o pai dele estava desempregado.

Antes que ela me dissesse qualquer coisa, compreendi que a tragédia do menino era bem maior do que a minha.

De volta, carinhosamente, mamãe comentou aquela boa lição que se gravou de maneira indelével em minha alma e até hoje me serve de estímulo, nos momentos de dificuldade: "A nossa desgraça, se avaliarmos bem, é sempre menor que a do nosso próximo."
Bastos Neves, São PauloBrasil

Um Castigo Educativo


criança pintando uma porta

Como todos os meninos, eu era curioso e um pouco destruidor. Um dia cometi a travessura de fazer uns buracos em uma das portas de nossa casa, para ficar espiando o que ocorria na rua.

Procurando dar-me um castigo educativo, meu pai fez-me reparar o estrago que causara.
- Vá buscar uns pedaços de madeira, e procure cortá-las de modo a se ajustarem nos buracos; depois passe a lixa.

Fiz o trabalho um pouco envergonhado, e, ao terminá-lo, era pouca a vontade que tinha de olhar para a porta verde com aqueles círculos brancos.
Meu pai então me disse que eu devia pintá-los da mesma cor da porta, e me deu dinheiro para comprar tinta.
xxxx
A que arranjei não era exatamente da mesma cor, e por isso, por insistência do meu pai, pintei toda a porta.

Desde esse momento, surgiu em mim uma espécie de gosto para melhorar e reparar as coisas da nossa casa.

Pintei seis portas e duas janelas, que não ficaram mal, sentí-me orgulhoso de ser pintor, e minha atitude mudou em consequência daquele castigo que terminou em forma agradável e boa.
Carlos Salazar, México