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13 de mai. de 2011
5 de mai. de 2011
Hoje estou triste - J.G.DE ARAUJO JORGE
Amor... Hoje estou triste... Nesses dias
a vida de repente se reduz
a um punhado de inúteis fantasias...
... Sou uma procissão só de homens nus...
Olho as mãos, minhas pobres mãos vazias
sem esperas, sem dádivas, sem luz,
que hão semear vagas melancolias
que ninguém vai colher, mas que compus...
Amor, estou cansado, e amargo, e só...
Estou triste mais triste e pobre do que Jó,
- por que tentar um gesto? E para quê?
Dê-me, por Deus, um trago de esperança...
Fale-me, como se fala a uma criança
do amor, do mar, das aves... de você!
a vida de repente se reduz
a um punhado de inúteis fantasias...
... Sou uma procissão só de homens nus...
Olho as mãos, minhas pobres mãos vazias
sem esperas, sem dádivas, sem luz,
que hão semear vagas melancolias
que ninguém vai colher, mas que compus...
Amor, estou cansado, e amargo, e só...
Estou triste mais triste e pobre do que Jó,
- por que tentar um gesto? E para quê?
Dê-me, por Deus, um trago de esperança...
Fale-me, como se fala a uma criança
do amor, do mar, das aves... de você!
Como Curar a Saudade - Mírian Warttusch
Tanto andamos com a saudade
Que o costume é mesmo assim,
De repente, se ela chega,
Sinto eu por ti e tu por mim.
Que o costume é mesmo assim,
De repente, se ela chega,
Sinto eu por ti e tu por mim.
Pra dissipar a saudade
Sei de um jeito bem legal
Venha correndo me ver
É essa a forma ideal.
Depois de um abraço forte
E um beijo fenomenal
Quem mais vai sentir saudade?
Esse é o jeito ideal!
Pra curar, volto a afirmar:
Saudade bateu no peito?
Só mesmo beijo e abraço,
Não existe melhor jeito!
Derrete vela de pedra,
O chamego desse encontro
Coração se acelerando
A gente fica até tonto.
Quem nunca sentiu saudade
É porque não amou ninguém.
De mansinho ela chega
Quando o nosso amor não vem…
É nos braços do meu bem
Que essa saudade desaba…
Saudade sempre é bonita,
Mas é melhor quando acaba!
Mírian Warttusch
Amor... de Mentiras - J.G.DE ARAUJO JORGE
Eram beijos de fogo, eram de lavas,
e sabiam a sonhos e ambrosias.
Como pensar que a boca com que os dava
era a mesma afinal com que mentias?
Se eras as mais humilde das escravas
em dádivas, anseios, alegrias,
- como prever que o amor que me juravas
seria mais uma das tuas heresias ?
Como supor ser tudo um falso jogo?
E crer que se extinguisse aquele fogo
que acendia em teus olhos duas piras?
E descobrir, - no instante em que me amavas, -
que em tua boca ansiosa misturavas
ao mesmo tempo beijos e mentiras ?
Eram brancas as mãos, brancas e puras,
mãos de lã, de pelúcia, mãos amadas...
Como prever, vendo-as fazer ternuras,
que nas unhas traziam emboscadas ?
Era tão doce o olhar... em conjeturas
felizes, e em promessas impensadas...
Como enxergar, portanto, as amarguras
e as frias traições nele guardadas ?
Como pensar em duas, se somente
uma eu tinha em meus braços, e adorava,
e a outra, - uma impostora, - se mantinha ausente.
E, afinal, como ver, nessa alegria,
que o amor que tanta Vida me ofertava
seria o mesmo que me mataria ?
Amor...Álvares de Azevedo
Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu'alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
Quero em teus lábios beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d'esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
Vem, anjo, minha donzela,
Minha'alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu'alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
Quero em teus lábios beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d'esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
Vem, anjo, minha donzela,
Minha'alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!
1 de mai. de 2011
Rosas -Alphonsus de Guimarães

Rosas que já fostes, desfolhadas
Por mãos que já foram, rosas
Suaves e tristes! Rosas que as amadas,
Mortas, beijaram suspirosas...
Umas rubras e vãs, outras fanadas
Mas cheias do calor das amorosas...
Sois aroma de almofadas silenciosas,
Onde dormiram tranças destrançadas.
Umas brancas, da cor das pobres freiras,
Outras cheias de viço, frescor,
Rosas primeiras, rosas derradeiras!
Ai! Quem melhor que vós,
Para coroar-me, rosas passageiras,
O sonho que se esvai na desventura?
Saudade - Pablo Neruda

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora
mas o amado já.
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca
é não ver o futuro que nos convida.
Saudade é sentir que existe o que não existe mais.
Saudade é o inferno dos que perderam
é a dor dos que ficaram para trás
é o gosto de morte na boca dos que continuam.
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Procuro-te - Anne Vallentino
Procuro-te
Nos raios do sol
Nos ventos do minuano
Procuro-te
No clarão da luz
Na imensidão do mar
Procuro-te
No azul do céu
No entardecer
Continuarei a procurar-te!
(Anne Vallentino)
Cassandra Rios
Ouça, preste atenção
há um som misterioso,
vibrando nestas palavras
que escrevo emocionada;
é a minha voz que num gemido
chega aos teus ouvidos:
- Eu te amo!
Nunca! Eu sei! Com a certeza de
quem ama, como ninguém te amou,
ue jamais ouviste uma canção tão triste:
- Eu te amo, desesperadamente, amor!
(Cassandra Rios)
Cai a tarde -Cassandra Rios
Cai a tarde chega a noite vem a madrugada surge o dia giro constante de luz e sombra, crepúsculo nos corações que taquetaqueiam em descompassada melodia: um com medo outro ansioso, ambos torturados pela mesmo amor! A vida me tem sido um coquetel de risos e lágrimas! A sombra projeta-se do misterioso Infinito e arrasta-se aos meus pés, enquanto me arrasto aos pés da minha amada.. (Cassandra Rios) |
De repente - Vinícius de Moraes
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
Do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente(Vinícius de Moraes)
Soneto da rosa -Vinicius de Moraes
Mais um ano na estrada percorrida
Vem, como astro matinal, que a adora
Molhar de puras lágrimas de aurora
A morna rosa escura e apetecida.
E da fragrante tepidez sonora
No recesso, como ávida ferida
Guardar o plasma múltiplo da vida
Que a faz materna e plácida, e agora
Rosa geral de sonho e plenitude
Transforma em novas rosas de beleza
Em novas rosas de carnal virtude.
Para que o sonho viva de certeza
Para que o tempo da paixão não mude
Para que se una o verbo à natureza.
(Vinicius de Moraes)
O Sepulcro e a Rosa - Victor Hugo
"O sepulcro diz à rosa
Que fazes tu flor mimosa
Do orvalho da alva manhã?
Diz a rosa à sepultura:
Que fazes feia negrura
de tanta forma louça?
Negra tumba, segue a rosa
Eu, dessa água preciosa
Faço aroma que é só meu.
Diz-lhe a tumba com afago
De cada corpo que trago
Ressurge um anjo no céu."
(Victor Hugo)
Casimiro de Abreu
"Sempre teu lábio severo
Me chama de borboleta!
- Se eu deixo as rosas do prado
É só por ti - violeta!
Tu és formosa e modesta,
As outras são tão vaidosas!
Embora vivas na sombra
Amo-te mais do que às rosas.
A borboleta travessa
Vive de sol e de flores...
- Eu quero o sol de teus olhos,
O néctar dos teus amores!
Cativo de teu perfume
Não mais serei borboleta;
- Deixa eu durmir no teu seio,
Dá-me o teu mel - violeta!"
(Casimiro de Abreu)
Me chama de borboleta!
- Se eu deixo as rosas do prado
É só por ti - violeta!
Tu és formosa e modesta,
As outras são tão vaidosas!
Embora vivas na sombra
Amo-te mais do que às rosas.
A borboleta travessa
Vive de sol e de flores...
- Eu quero o sol de teus olhos,
O néctar dos teus amores!
Cativo de teu perfume
Não mais serei borboleta;
- Deixa eu durmir no teu seio,
Dá-me o teu mel - violeta!"
(Casimiro de Abreu)
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