E o sorriso se desfez na palidez da notícia. Minha criança interior chorou pelo fim do Arrelia. Calou-se o riso e fez-se o pranto.
Muitos anos de alegria se findou naquele instante. Lembranças vieram rufantes como um tufão arrasante.
Como vai, como vai, como vai, vai, vai?
Eu vou bem, muito bem, muito bem, bem, bem.
E ele chegava com a sua bengala perturbando o Pimentinha provocando gargalhadas nas mil pantomimas criadas peripécias de um palhaço que a criançada adorava.
Quantas vezes parei de brincar para o ver se apresentar sentada frente à televisão.
Em preto e branco é verdade mas sua magia colorida a todos contaminava nos fazendo esquecer da vida enquanto se apresentava.
Foram momentos felizes que a todos contagiava risadas gostosas trocadas nas brincadeiras armadas que tanto nos ensinava.
Mesmo que tenhas partido estarás em meu coração consolidado em lembranças com a graça e naturalidade de um verdadeiro palhaço em seu picadeiro encantado de meus tempos de criança.
(Neli Neto)
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