Hoje em dia pais têm uma consciência maior sobre a importância de nutrientes para a saúde dos filhos do que há 30 anos e muitos deles tem adotado uma filosofia que procura alimentos naturais e sentem-se gratificados oferecendo aos seus filhos refeições sem aditivos e ‘engrossantes.’ É sempre seguro seguir as preferências dos pediatras, mas também os instintos maternos farejam o que seus filhos precisam e quais as suas necessidades e se seguidos freqüentemente nos ampliam os horizontes sem ter que seguir dogmas prescritos.
Uma boa saúde depende de hábitos alimentares sólidos que em geral se estabelecem nos primeiros anos de vida. As crianças apreendem não somente pelo que lhes é ensinado verbalmente, mas também por imitação: observam seus pais e tentam imitá-los.
A repulsa de verduras e frutas freqüentemente repete comportamentos vistos em casa, na TV ou em casas de amigos. “Se os pais comem e mostram prazer ao ingerir verduras, saladas e frutas seus filhos tentarão imitá-los. Porém, se são feitos comentários sobre estes alimentos que os descrevem como amargos, desprazeirosos, a criança captará isto rapidamente”, explica a psicóloga Maria Cristina Capobianco
O prazer deverá acompanhar as refeições, então é importante deixar as preocupações com modos para mais tarde e incentivar o prazer na refeição. Deixá-los comer com a mão, enfiar o dedo no molho para experimentar, aguçar os sentidos e nomear os alimentos como salgado, doce, azedo, amargo, etc. Preparar comidas que eles possam pegar com as mãos, nos primeiros anos estimula as atividades motoras finas. Por exemplo, pegar ervilhas com os dedos, na posição de pinça, contar quantas ervilhas comeu. Contar histórias e tradições sobre diferentes culturas e suas diversas formas de comer. Por exemplo, os orientais que comem com “palitinhos”, os árabes que consideram que “arrotar” é um sinal que denota que gostou da comida, e assim por diante.
Neste sentido, é importante que as refeições sejam momentos descontraídos, agradáveis e prazerosas. Algumas famílias adotam filosofias alimentares bastante rígidas que a pesar de estarem baseadas em princípios saudáveis, religiosos ou naturais às vezes entram em conflito com a experiência das crianças que encontram amiguinhos que comem outras coisas.
Geralmente as crianças costumam questionar aquilo que acontece em casa, isto não deve se tornar um peso. Ao contrário, é importante ressaltar a diversidade, que cada família escolhe filosofias diferentes. Explicar com exemplos, figuras as escolhas realizadas em relação aos alimentos ajuda a que as crianças compreendam melhor porque seus pais fazem do jeito deles.
Na medida em que a criança cresce e se torna mais autônoma ela questiona para se sentir “mais dona do seu nariz” e tenta fazer o oposto daquilo que lhe é pedido, ou seja adota uma postura “do contra”. Nestes casos, é importante tentar deslocar esta luta de forças para outra arena que não seja a alimentação.
“É natural que os filhos transgridam as dietas impostas pelos seus pais, e nestes momentos os pais precisam ser tolerantes e compreensivos, interpretando que esta discordância talvez tenha muito mais haver com uma necessidade de fugir do controle e de tentar se apropriar das suas vontades e desejos”, explica à psicóloga.
O ideal é deixar que os filhos descubram por si só qual dieta quer seguir, apesar disto despertar muita angustia nos pais, é recomendável não perder a calma, tentar mostrar para a criança as vantagens de uma ou outra dieta. A imposição tenaz de um regime alimentar pode causar transgressões escondidas e na medida em que a criança oculta muitos segredos dos seus pais o diálogo aberto e espontâneo pode desaparecer transitoriamente, e se continua a tensão entre os pais e os filhos em relação à comida, talvez o diálogo se interrompa por mais tempo, afirma a psicóloga.
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