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11 de fev. de 2011

SILÊNCIO


Há algumas coisas que são lindas demais para serem descritas por  palavras. É necessário admirá-las em silêncio para apreciá-las em toda a  sua plenitude. As grandes falas servem, freqüentemente, para confundir ou doutrinar. Às  vezes, o silêncio é mais esclarecedor que um fluxo de palavras. Olhe para  uma mãe diante do seu filho no berço. Ele consegue muito bem tudo o que  quer sem dizer nenhuma palavra.

Na realidade, as palavras devem ser a  embalagem dos pensamentos. Não adianta fazer longos discursos para
expressar os sentimentos de seu coração. Um olhar diz muito mais que um  jorro de palavras. Na realidade, as palavras devem ser a embalagem dos  pensamentos. Não adianta fazer longos discursos para expressar os
sentimentos de seu coração. Um olhar diz muito mais que um jorro de  palavras. 

Creio que, em sua grande sabedoria, a natureza nos deu apenas uma  língua e dois ouvidos para escutarmos mais e falarmos menos. Se as palavras não são mais bonitas do que o silêncio, então é preferível  não dizer nada. Quanto mais o coração é grande e generoso menos úteis
são as palavras. É necessário lembrar do provérbio dos filósofos: as  verdadeiras palavras não são sempre bonitas e as palavras bonitas nem  sempre são verdades.

As grandes mentes fazem com que, em poucas  palavras, muitas coisas sejam ouvidas. As mentes pequenas acham que  têm, pelo contrário, a concessão para falar e não dizer nada.  Poucas palavras são necessárias para expressar “eu gosto de você.”
Portanto, todas as outras que poderiam ser ditas são supérfluas...  ...e não são palavras curtas e fáceis de serem ditas. São aquelas que  causam as maiores conseqüências.

São necessários apenas dois anos para que o ser humano aprenda a falar  e toda uma vida para que ele aprenda a ficar em silêncio.  Ser comedido com as palavras é uma prova de profunda sabedoria. Saber ouvir também.


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