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10 de abr. de 2011

Fixação


Quando a gente persegue as coisas, elas fogem. Vale para os animais, para os amantes, até para o dinheiro. Quem nunca conheceu uma pessoa adorável numa festa, que lhe disse: “eu telefono na semana que vem”? Então, a gente passa uma semana sem sair! Fica junto do telefone... esperando. Quem telefona? Todo mundo, menos aquela pessoa!

Você nunca precisou desesperadamente vender uma coisa? Um carro, uma casa. Quem queria comprar? Ninguém. Então você baixou o preço. Quem se interessou? Ninguém! O princípio é: quando a pessoa está desesperada, nada!

Fale com qualquer vendedor – seja de avião a jato, seja de sabão em pó: ele lhe contará a mesma história. O desespero atrai uma espiral descendente: quanto mais a gente se preocupa, menos as pessoas compram! O que acontece quando você está em um restaurante, com pressa para comer? Acabam perdendo a sua comanda...

Toda vez que estamos desesperadamente envolvidos, emocionalmente fixados numa transação ou num acontecimento, nós o obstruímos. O lado oposto do princípio? Relaxe um pouco e... bingo!

Você passa um ano e meio sem namorada e começa a ficar desesperado. Ninguém se candidata! Por fim acaba desistindo. Diz a si mesmo: “eu não sou obrigado a ter uma parceira, posso ser feliz sozinho”. E, de repente, é oito ou oitenta: elas começam a entrar pela janela e sair pelo ladrão!

Um argumento é o exemplo clássico. O que acontece quando a gente quer que uma pessoa mude de idéia? Ela muda? Nem pensar! Mas, com muita freqüência, basta parar de insistir para que essa pessoa acabe adotando as opiniões da gente.

Enfim, sempre que uma pessoa está desesperada por alguma coisa – um telefonema, uma promoção, um reconhecimento – ela cria uma energia ao seu redor que afasta essa possibilidade. Portanto, relaxe!

Andrews Matthews
no livro "Siga seu coração"


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