Nas manchetes dos jornais estão estampados os resultados das chuvas e alagamentos em São Paulo: congestionamento, desabamentos e até mortes. Além disso, as enchentes causadas pelas tempestades podem ser um fator favorável à proliferação da leptospirose, uma grave doença infecciosa que atinge tanto humanos como animais selvagens e domésticos.
Causada por bactéria e transmitida principalmente pela urina de ratos que se mistura à água, ao solo e até alimentos, há maior incidência da doença em períodos de chuva. O diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care (SP), Marcelo Quinzani, explica que isso ocorre porque: “a leptospira, que é eliminada na urina dos animais doentes ou portadores, é bastante sensível ao sol e ambiente seco, mas sobrevive em ambientes úmidos e sem sol. Deste modo a água das chuvas ajuda na disseminação da bactéria que, quando entra em contato com mucosa ou pele com ferimentos, passa a contaminar um novo indivíduo”.
Sintomas Iguais
Os sintomas são os mesmos em humanos e animais e segundo o médico-veterinário, “Os primeiros sintomas da doença são: febre, depressão, perda do apetite, vômito, desidratação, mucosas congestas, icterícia, urina escura e dor renal ou muscular, esses dois últimos podem ser notados nos animais através da mudança de comportamento. Na evolução da doença, observa-se insuficiência renal, insuficiência hepática, hemorragias, lesões na pele e hematomas pelo corpo, úlceras na boca e língua e, em casos raros, necrose na ponta da língua. Ocasionalmente observa-se aborto, meningite e a inflamação intra-ocular comprometendo total ou parcialmente a íris.”
Prevenção
Nos animais fica mais difícil identificar a doença, mas eles têm uma vantagem já que contam com uma vacina preventiva. No Brasil, ainda não existe vacina para humanos, as desenvolvidas no exterior podem não ser úteis para nós porque são específicas para combater outro tipo de bactéria. Então, para preveni-la basta adotar medidas simples como cuidados com saúde, alimentação e higiene. Eliminar os restos de comida, água parada e buracos entre telhas e rodapés são atitudes que evitam o aparecimento de roedores que são foco da doença.
A imunização de cães e gatos deve ocorrer semestralmente ou anualmente. “O mercado disponibiliza várias opções de vacina que incluem a proteção contra a doença, elas são conhecidas normalmente como V8 e V10. Além da Leptospirose, a primeira vacina previne a Cinomose, Hepatite infecciosa, Adenovirus 2, Parainfluenza, Parvovirose e Coronavirose e a segunda possui antígenos contra mais dois tipos de Leptospirose”, esclarece Quinzani.
Quando o animal de estimação estiver infectado pode passar a doença às pessoas que tiveram contato com ele, pois também passa a eliminar a bactéria pela urina ou pelo sangue.
“Certifique-se dos cuidados com seu “companheiro de estimação” para garantir a convivência saudável de toda família”
Texto extraido do http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica
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